quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Agendamento e atendimento

Por que é que se agenda um atendimento só para nos deixar esperando por mais de meia hora?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Deu na CFO

Eu também não conhecia a CFO Magazine, uma revista dirigida aos CFOs (do inglês, Chief Financial Officer, para o que chamaríamos de "Executivo de Finanças"). É uma revista publicada pelo The Economist Group, mais famoso por uma outra revista...

O que me chamou a atenção, foi uma nota que recebi dizendo que havia um artigo muito interessante nesta publicação. (Para os mais afoitos, o link para a matéria está aqui).

Em "An Open Secret" (Um segredo aberto), Marshall Krantz fala do milhonésimo download de um software, que por sua natureza é, de uso restrito: um ERP produzido pela OpenBravo. Não que notícias de Software Livre e de Código Aberto sejam estranhas. O que é novidade é uma notícia deste tipo aparecer em uma publicação destinada a um público no qual normalmente não pensamos quando falamos de Software Livre.

Quando uma revista para executivos de finanças começa a falar de Software Livre, é sinal que estamos atingindo massa crítica. Não somos mais uma curiosidade ou um "nicho acadêmico". O Software Livre está chegando à maturidade em grande estilo. Chegamos aos executivos de finanças. Fazemos sentido do ponto de vista econômico e, arrisco dizer, qualitativo.

Além do próprio tema, há outros tesouros escondidos no texto. Segundo o autor, até mesmo aquelas companhias que rejeitaram abertamente o Software Livre, "podem se ver usando o software aberto, apesar da sua oposição".

Sob qualquer ângulo que se olhe, o Software Livre é hoje uma realidade. E não apenas pela atual crise econômica. Software Livre faz sentido. Se não o fizesse, não haveriam empresas do porte de uma IBM, RedHat ou Novell investindo milhões na idéia.

Experimentando

Vou começar uma experiência, vou abrir os posts para comentários. Vamos ver no que vai dar....

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Para onde vamos

Ou
O futuro a partir de hoje

2009 se apresenta como um ano de desafios: mercados em colapso, enxugamento de crédito, retração, recessão.... Tudo isso já sabemos. Os jornais não se cansam de nos bombardear com comentários e previsões de como o fim chegará. Tudo isso já em 2009, e talvez continuando pelos próximos anos. Porém, em toda crise não há apenas uma oportunidade. Há tendências que se consolidam ou processos que são acelerados. E, no mercado de TI, há processos acontecendo que podem alterar profundamente a forma como o mercado se comportará no futuro.

É interessante notar que as sementes destas alterações já vem crescendo faz algum tempo e e estão dando frutos em empresas como a Google em duas frentes e com a atual situação econômica, devem indicar o caminho para muitas outras empresas.

Internamente, a experiência da Google demonstrou que é possível montar uma infraestrutura somente com componentes baratos e descartáveis funcionando de forma coordenada. Nada mais de caros e complexos servidores para atender a SLAs exíguos. Nada de componentes caríssimos de comunicação e rede. Nada de equipes de manutenção e suporte inchadas e caras.

Esta infraestrutura também não precisa mais de ferramentas caras de gerenciamento. Basta saber se um componente está funcionando ou não e trocá-lo quando necessário. Simples o suficiente?

Esse, me parece, será o perfil de TI da empresa do futuro: pequenas equipes substituindo componentes descartáveis que não exigem mais um PHD para a sua manutenção. O modelo já funciona. A Google já demonstrou a sua viabilidade: grandes aglomerações de máquinas baratas trabalhando em conjunto para oferecer um único serviço de forma transparente e eficiente.

E este perfil será apenas para aquelas empresas que optarem por ter um departamento de TI pois a experiência da Google também demonstrou a viabilidade da segunda frente, externa, do software como serviço.

A cada vez mais empresas, especialmente as pequenas, estão usando os serviços de correio, calendário, mensageria, e “office” oferecidos pela Google. Serviços que se mostram confiáveis, estáveis e disponíveis onde quer que exista um ponto de conexão com a Internet. Com a profusão de conexões via ADSL, Cabo, 3G ou Wimax, o acesso a estes serviços está cada vez mais simples e fácil.

Hoje já é possível virtualizar praticamente toda a infraestrutura necessária para a operação de uma empresa. Do correio às ferramentas de escritório, tudo está pronto para ser usado de qualquer lugar, a qualquer momento, bastando que se tenha acesso à Internet. Somente quando consideram um sistema como sendo crítico ao negócio é que realmente se considera a possibilidade de mantê-lo dentro de casa. E isso só enquanto não se resolve por terceirizar todo o ambiente para uma empresa que pode hospedar toda a operação da área de tecnologia que, muito provavelmente, utilizará um conjunto de máquinas “descartáveis” para a operação.

A Google também demonstrou que é possível, e altamente rentável, prover serviços usando componentes FOSS (do inglês Free and Open Source Software) e tudo leva a crer que mais em mais empresas adotem o mesmo modelo com o passar do tempo.

A área de serviços também será atingida. Com o barateamento das infraestruturas, mais competidores poderão atuar em um mercado cada vez mais disputado. Integradores tradicionais começarão a sofrer com a competição de pequenos integradores que, graças à Internet, poderão oferecer serviços (incluindo de Software) de seus países de origem, sem a necessidade de implementação de grandes estruturas localizadas de equipamentos ou de mão-de-obra.

Com a evolução da situação econômica, deverá prevalecer a visão do administrador onde, se você não agrega valor, está agregando custo. Esta visão deve fazer com que o gestor de TI tenha que otimizar os seus recursos de forma a agregar valor às operações da empresa. Aqueles que não o conseguirem, correm o risco de se verem gerenciando contratos de terceirização em um futuro próximo.

E as empresas de TI? Como ficam neste novo mundo?

Acredito que a regra valerá também para elas: enquanto agregarem valor, continuarão a existir. Isso fará com que estas empresas tenham que investir no desenvolvimento ou expansão de tecnologias próprias ou existentes. Aquelas empresas que já possuem um portfolio de tecnologias próprias, no entanto, podem se ver forçadas a comercializá-las por valores menores que os até agora práticados dada a concorrência de soluções FOSS. Exemplo desta concorrência é a penetração, cada vez maior, do Linux em dispositivos onde havia o predomínio de sistemas proprietários. É mais barato adaptar o Linux a um novo dispositivo que desenvolver todo um novo sistema operacional. E o mesmo já ocorre com hardwares estabelecidos. Hoje já é mais barato usar Linux na implementação de novos serviços e em muitos casos, servidores Windows já são considerados como “legado” a ser substituído quando for possível. O mesmo ocorre em servidores Unix e outros sistemas operacionais.

Em suites de escritório, não temos apenas alternativas em FOSS. Soluções hospedadas em ambientes como o do Google Docs estão forçando a que seja repensada a utilização de desktops nas empresas, levando a um interessante retorno ao mundo dos terminais. Nesta área, a concorrência é ainda mais acirrada, afinal, qual o valor que um editor de textos agrega a um negócio?

A mensagem é a mesma para todo o setor: agregue valor ou mude de ramo.