sábado, 17 de abril de 2010

Finca Sur - Chardonnay 2008

A chardonnay é uma uva aparentemente simples. São muito poucas as vinícolas que conseguem estragar o vinho produzido com ela.

Ainda bem que a Finca Sur é regra e não exceção. Um chardonnay honesto com boas notas de frutas e um leve toque de pimenta do reino no final.

O chardonnay da Finca é um bom, se não excelente, compromisso entre preço e qualidade: um branco correto, com bom sabor e corpo que, certamente, conforme o ano e o clima, pode até vir a produzir um grande vinho.

Em 2008, a Patagônia conseguiu prouzir um branco correto, suave e, de forma geral, muito bom pelo preço, uma característica que parece estar se tornando marca desta viícola.

Achei na Casa Ouro por R$ 24,00

sábado, 10 de abril de 2010

Finca Sur – Malbec 2008

Abri essa garrafa no último dia 3 de abril e, sinceramente, se mantiverem a qualidade esse Malbec vai dar trabalho para muita gente grande. Confesso que os 14° de álcool me causaram arrepios ao ler o rótulo mas garanto que apesar da potência, o equilíbrio deste Malbec é exepcional. Não fossem as lágrimas espessas, não daria tanto álcool assim para a taça.

Há uma presença marcante de cassis no nariz sem o exagero que poderia torná-lo mais um vinho balinha.

As notas de baunilha do carvalho novo estão lá, mas corretamente mescladas n'um pano de fundo que garante uma boa degustação.

A cor é intensa e realçada pelo colar de pérolas que se forma na linha onde q o vinho encontra a taça (mais uma indicação dos 14°).

Ao longe, um traço de ácido e um leve travo de tanino que prometem, enganam, mas não chegam a cumprir.

Um bom vinho para o dia a dia ou para aquele churrasco. Ainda mais pelo preço.

Achei na Casa Ouro por R$ 24,00

sábado, 3 de abril de 2010

Vinhos

De uns tempos para cá, comecei a me interessar por vinhos. Não apenas pela bebida mas principalmente pelo que ela representa. Cheguei à conclusão que beber um bom vinho não é uma questão de identificar o "terroir" ou qualquer outra característica que apenas os enólogos e iniciados são capazes de fazer. Beber um vinho é conversar com o seu autor (ou seu produtor, seu artesão, se assim preferirem). No fundo, e aí vem a minha conclusão, é bater um papo cabeça, ou não, com aquela pessoa que você nunca viu, nem dela ouviu falar, mas que compartilha com você todo um conjunto de preferências e gostos que você mesmo não sabia que tinha até experimentar daquela garrafa. Isso quando o vinho é bom.

Quando o vinho não é lá dos melhores, o papo continua, mas agora transformado em papo de bêbado chato, daqueles que só sabem falar "eu, eu, eu, eu" sem abrir espaço para uma réplica ou um novo assunto. Isso quando não se trata daquele chato que estraga o prazer de uma noite por ser tão ruim e marcante que mais nada vai dar certo até o dia seguinte.

Vou começar a transcrever aqui as minhas anotações (feitas em lápis No. 2 em caderno Moleskine [sim, sou tradicionalista neste ponto mas sobre isso falo em outro post]) para ajudar no diálogo com estes artistas da videira. Não pretendo bancar o enólogo ou o iniciado, apenas quero compartilhar com os amigos as conversas que tive com artistas que nunca vi (e com outros que nunca quero ver de novo).

Algumas serão piegas, outras mais sérias. Outras ainda, serão absurdas para quem entende do assunto. Não pretendo assumir o posto de assumidade, apenas quero mostrar do que gostei. ("Tá bom", de vez em quando também vou falar do que não gostei).

Vamos ver no que vai dar... Vinho e Software Livre pode bem vir a ser uma combinação interessante.