sábado, 31 de julho de 2010

Innominabile

Minha busca pelo vinho nacional continua. Esta semana descobri uma pequena loja perto de casa, a Arte e Vinho. Uma coleção prá lá de interessante de rótulos aguarda quem visitar o comércio local do SMDB na região do Lago Sul em Brasília. O perigo destas pequenas lojas é que o proprietário costuma não apenas conhecer do assunto mas também aprecia um bom dedo de prosa sobre vinhos.

Conversando com o Marcelo, dono do Arte e Vinho, ele me sugeriu esta jóia da serra catarinense. (Vou precisar tirar alguns dias de férias só para conhecer a região). Já comentei aqui sobre o Joaquim, um excelente vinho produzido por lá que se destaca pela busca de uma personalidade própria e não da imitação de fórmulas consagradas em outras regiões. Este Innominabile segue a mesma proposta.

Na busca pela personalidade própria, a Villagio Grando montou um corte de Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec Pinot Noir e Petit Verdot de diversas safras que impressiona. Na receita, a Villagio reserva 20% da safra atual para ser misturada à próxima fazendo com que a identificação da safra seja algo muito fluida e, cá pra nós, desnecessária.

A garrafa que tomei é composta de um corte de vinhos produzidos entre 2004 e 2007 e o cuidado na elaboração dele é visível. Não é um vinho difícil de ser apreciado pois os aromas de frutas e especiarias (pimenta do reino aparece com certeza) o tornam muito agradável. Ao mesmo tempo, não encobrem os demais aromas e sabores que lhe dão uma complexidade muito interessante.

Da primeira à última taça, é um vinho que mantém o interesse e que se abre em novas facetas a cada novo gole.

Não sei se ainda é muito cedo para falar mas a Serra Catarinense me parece ter se tornado a região de vinhos finos do Brasil.

Achei na Arte e Vinho (SMDB - CL - CJ. 12 - Bl. H, Loja 101)

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