terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Encuentro Chardonnay 2010

De vez em quando a gente se depara com escolhas das quais acabamos nos arrependendo. Pedir um peixe e um vinho branco em um hotel pode rapidamente se tornar uma delas.

Esse Chardonnay argentino é um grande exemplar de um tipo de vinho que eu imaginava ter sido extirpado das terras de nuestros hermanos. Ainda acredito ser difícil estragar a chardonnay. É muito fácil fazer uma ode ao comum e ao sem graça com ela. E isso torna os bons chardonnays uma experiência inesquecível. Esse encuentro também se tornou uma experiência inesquecível. Só que pelo lado negativo.

Um vinho ruim nunca vem sozinho. Já aprendi essa lição. Dessa vez fiquei em um hotel no centro do Rio que, apesar de confortável tem uma cozinha que precisa, urgentemente, de um chefe. Para falar a verdade, pela zoeira que vinha dos pilotos de fogão, mais parecia uma eliminatória de Hell's Kitchen, mas sem o Gordon Ramsay.

Apesar dos esforços do maintre e das meninas do atendimento, o salmão (pedi um prato que achei seguro) veio frio, com legumes parcialmente cozidos (foi a primeira fez que experimentei uma bata barôa semi-crocante) e acompanhado da tragédia argentina que é o tal Encuentro.

Nada nesse vinho lembra a exuberância utuosa que é caracterísrica da uva. Um vinho seco demais, ácido demais com gosto de menos que em nada, absolutamente nada, lembra a uva. Um verdadeiro desserviço à atual fama da indústria vinícola argentina.

Tenho certeza que amanhã vou pagar caro por essa burrice.