domingo, 21 de dezembro de 2014

Tempo perdido

Fiquei impressionado. A última postagem neste blog foi em 2013, mais de um ano atrás, para ser um pouco mais específico.
Essa constatação me deixou embasbacado, de queixo caído e triste. Mais triste que qualquer outra coisa. Por conta disso tive que parar para fazer uma reflexão: Por que parei de escrever aqui? Aliás, por que passei mais de um ano sem postar nada no meu blog?
Algumas respostas candidatas pularam na frente de todas as outras logo de cara:
  1. Perdi o tesão?
  2. Perdi o interesse?
  3. Nada a declarar?
  4. NDA?
Comecei a fazer uma auto-análise e cheguei a conclusão que joguei fora o tempo. Não parei de escrever, só parei de escrever onde mais interessava: Aqui.
Fiquei mais de um ano escrevendo no tal do Facebook, jogando migalhas de informação atrás de curtidas vazias que mesmo em baixo número me faziam sentir que estava fazendo algo relevante. Enquanto isso, o Notas Livres ficou às moscas digitais. Vazio, oco, sem nada que justificasse sua existência.
As curtidas do Facebook funcionam como o mecanismo de jogo dos caça-niqueis dos cassinos de Las Vegas: ganhos que não valem nada mas que fazem você voltar para conferir quantas curtidas sua última anotação sarcástica conseguiu extrair dos seus amigos. E, ao perceber que sua última postagem não teve o sucesso que você esperava, você posta de novo e de novo, esperando uma curtida a mais ou alguma coisa que te faça pensar que aquela ação foi relevante. Pouco tempo depois, lá vem a vontade de conferir as curtidas de novo...
Com vinhos foi um pouco diferente. Neste caso foi o tal do Vivino. Uma rede social de vinhos genial que queimou a necessidade de postar análises mais curiosas por aqui.
Nos dois casos, a gratificação instantânea da postagem imediata e da curtida de amigos fez com que a iniciativa de escrever no blog fosse ficando cada vez mais distante.
Tenho que me redimir. Tenho que escrever. Tenho que postar.