segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mais uma...

No dia 2 de janeiro de 2008 publiquei, aqui mesmo neste blog, uma nota sobre o risco de depender de formatos fechados para armazenar os seus, os meus, os nossos, documentos digitais.

Naquela época, uma certa empresa considerou que certos arquivos eram perigosos e por isso mesmo não poderiam mais ser abertos pelas versões mais recentes e seguras dos seus aplicativos.

Agora a coisa melhorou e, graças a esta mesma empresa, não apenas consigo demonstrar o risco do uso de formatos fechados como também o risco do uso de softwares fechados. Desta vez, graças a um certificado digital vencido, os usuários de uma versão mais antiga dos produtos desta empresa, e que usaram os mecanismos de proteção de acesso oferecidos como vantagem, se viram trancados para fora, sem acesso aos seus documentos.

A empresa diz que sabe do problema e avisa quando o mesmo for resolvido. Enquanto isso, fico pensando que um documento só é protegido quando o seu conteúdo é importante. Quantas empresas estão com pilhas virtuais de documentos eletrônicos importantes e necessários aos seus negócios que não podem ser abertos porque um certificado vencido incorporado em um código fechado os impede?

É claro que, para aquelas empresas e órgãos que realmente precisam do acesso a estes documentos, resta a opção de comprar a versão mais recente deste produto. Pois a nova versão não padece do problema.

A situação é a mesma daquele inquilino que tem a fechadura de sua casa trocada pelo locador. É claro que a nova fechadura é melhor e mais segura que a velha, mas para poder usá-la e voltar a entrar na sua casa, o inquilino deve providenciar uma cópia da chave.

Coincidentemente, só o locador fabrica estas cópias....

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