sábado, 3 de abril de 2010

Vinhos

De uns tempos para cá, comecei a me interessar por vinhos. Não apenas pela bebida mas principalmente pelo que ela representa. Cheguei à conclusão que beber um bom vinho não é uma questão de identificar o "terroir" ou qualquer outra característica que apenas os enólogos e iniciados são capazes de fazer. Beber um vinho é conversar com o seu autor (ou seu produtor, seu artesão, se assim preferirem). No fundo, e aí vem a minha conclusão, é bater um papo cabeça, ou não, com aquela pessoa que você nunca viu, nem dela ouviu falar, mas que compartilha com você todo um conjunto de preferências e gostos que você mesmo não sabia que tinha até experimentar daquela garrafa. Isso quando o vinho é bom.

Quando o vinho não é lá dos melhores, o papo continua, mas agora transformado em papo de bêbado chato, daqueles que só sabem falar "eu, eu, eu, eu" sem abrir espaço para uma réplica ou um novo assunto. Isso quando não se trata daquele chato que estraga o prazer de uma noite por ser tão ruim e marcante que mais nada vai dar certo até o dia seguinte.

Vou começar a transcrever aqui as minhas anotações (feitas em lápis No. 2 em caderno Moleskine [sim, sou tradicionalista neste ponto mas sobre isso falo em outro post]) para ajudar no diálogo com estes artistas da videira. Não pretendo bancar o enólogo ou o iniciado, apenas quero compartilhar com os amigos as conversas que tive com artistas que nunca vi (e com outros que nunca quero ver de novo).

Algumas serão piegas, outras mais sérias. Outras ainda, serão absurdas para quem entende do assunto. Não pretendo assumir o posto de assumidade, apenas quero mostrar do que gostei. ("Tá bom", de vez em quando também vou falar do que não gostei).

Vamos ver no que vai dar... Vinho e Software Livre pode bem vir a ser uma combinação interessante.

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